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sábado, 21 de outubro de 2023

Retórica, dissuasão e o "tabuleiro de xadrez" geopolítico no Oriente Médio

Na Geopolítica os países estão frequentemente se antagonizando em busca de influência, espaço e poder. Vimos isso uma vez mais no início da semana quando o presidente dos EUA anunciou que iria enviar mais um porta-aviões para o mar Mediterrâneo para dar suporte à guerra travada por Israel contra o Hamas.

A mensagem era clara, ao estacionar dois porta-aviões cheio de armas no leste do Mediterrâneo, Biden não queriam que ninguém se intrometesse no conflito em curso. Os destinatários principais eram: Hezbollah, do Líbano, e o Irã, acusado de apoiar e fornecer armas e equipamentos para o Hamas e Hezbollah.

Entretanto, o Irã é aliado estratégico da Rússia que não deixou por menos. Além disso, a Rússia é aliada da Síria, país vizinho à Israel. O conflito ora em curso no Oriente Médio envolve aliados diretos importantíssimos tanto dos EUA quanto da Rússia, por isso o presidente russo respondeu rapidamente aos norte-americanos:

"As Forças Aeroespaciais Russas iniciarão patrulhas permanentes na zona neutra do espaço aéreo sobre o mar Negro, e as aeronaves MiG-31 serão armadas com sistemas Kinzhal", afirmou Putin. E esclareceu: "Salientei que isso não é uma ameaça, mas exerceremos o controle visual e o controle com armas do que está acontecendo no mar Mediterrâneo".

Mig-31k equipado com míssil hipersônico Khinzal (adaga, em russo).



Putin "mostrou os dentes" para seus inimigos lembrando-os que o possui uma arma hipersônica, quase indetectável pelos sistemas de defesa antiaérea atuais e capaz de carregar ogiva nuclear. Afinal, a Rússia possui seus interesses e aliados no Oriente Médio e não pretende deixar os norte-americanos agirem livremente na região.

Resta saber se o recado russo vai surtir efeito e inibir as ações norte-americanas. Teremos que aguardar os próximos acontecimentos.

De todo modo, a retórica dos chefes de Estado e a demonstração de força e poder militar fazem parte da estratégia geopolítica no jogo de poder. Entretanto, basta um erro de cálculo para que as palavras se desdobrem num conflito de grandes proporções.

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