sábado, 4 de novembro de 2023

Irã responde ameaças dos EUA

Mês passado o presidente dos EUA, Joe Biden, enviou para o Mar Mediterrâneo um segundo porta-aviões com a finalidade de dissuadir o Irã a não interferir na guerra de Israel contra o Hamas.

"Transferimos a frota de porta-aviões dos EUA para o leste do Mediterrâneo e estamos enviando mais caças para essa região, deixando claro para os iranianos: Tenham cuidado".

O Irã, contudo, parece não ter se intimidado e enviou duas respostas, a primeira através do Conselho de Segurança da ONU, na reunião do dia 26 de Outubro, o chanceler iraniano advertiu:

“Se a operação de genocídio continuar, não iremos apenas assistir. Os Estados Unidos não serão poupados de fogo.”


A segunda, e mais contundente, resposta veio a tona com a realização recente de um massivo exercício militar do Irã, numa clara demonstração de força aos seus inimigos - Israel e EUA.
Helicópteros, Blindados, Mísseis, Drones etc, o Irã apresentou aos seus inimigos sua capacidade bélica, um poderio infinitamente superior aos grupos que Israel enfrenta em Gaza ou no Líbano.




O Irã, que conta com uma parceria estratégica com a Rússia, busca tornar-se uma potência militar regional afim de resguardar sua soberania, manter o equilíbrio de forças na região em relação a Israel e não ter o mesmo fim do Iraque, que acabou sobrepujado pelas ações militares norte-americanas.  

O esforço diplomático brasileiro e a busca por relevância no cenário internacional

É notável o esforço do governo brasileiro, desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, em prol da paz mundial.

Lula e seus diplomatas têm trabalhado pela paz na Ucrânia e agora pedem, incessantemente, um cessar-fogo na guerra travada entre Israel e Hamas na Palestina.

Com isso, o Brasil recupera um pouco do protagonismo perdido no cenário internacional devido ao isolamento político do provocado pelo governo anterior.

Bolsonaro, deslocado, na antessala de uma reunião com os líderes dos países do G20.


Contudo, cabe a questão, quando o país fará o mesmo esforço para resolver os gritantes problemas de segurança internos? Afinal, a impunidade continua estimulando a violência, só no primeiro semestre deste ano já foram registrados 19.742 assassinatos no país.

Onde iremos parar?

sábado, 21 de outubro de 2023

Retórica, dissuasão e o "tabuleiro de xadrez" geopolítico no Oriente Médio

Na Geopolítica os países estão frequentemente se antagonizando em busca de influência, espaço e poder. Vimos isso uma vez mais no início da semana quando o presidente dos EUA anunciou que iria enviar mais um porta-aviões para o mar Mediterrâneo para dar suporte à guerra travada por Israel contra o Hamas.

A mensagem era clara, ao estacionar dois porta-aviões cheio de armas no leste do Mediterrâneo, Biden não queriam que ninguém se intrometesse no conflito em curso. Os destinatários principais eram: Hezbollah, do Líbano, e o Irã, acusado de apoiar e fornecer armas e equipamentos para o Hamas e Hezbollah.

Entretanto, o Irã é aliado estratégico da Rússia que não deixou por menos. Além disso, a Rússia é aliada da Síria, país vizinho à Israel. O conflito ora em curso no Oriente Médio envolve aliados diretos importantíssimos tanto dos EUA quanto da Rússia, por isso o presidente russo respondeu rapidamente aos norte-americanos:

"As Forças Aeroespaciais Russas iniciarão patrulhas permanentes na zona neutra do espaço aéreo sobre o mar Negro, e as aeronaves MiG-31 serão armadas com sistemas Kinzhal", afirmou Putin. E esclareceu: "Salientei que isso não é uma ameaça, mas exerceremos o controle visual e o controle com armas do que está acontecendo no mar Mediterrâneo".

Mig-31k equipado com míssil hipersônico Khinzal (adaga, em russo).



Putin "mostrou os dentes" para seus inimigos lembrando-os que o possui uma arma hipersônica, quase indetectável pelos sistemas de defesa antiaérea atuais e capaz de carregar ogiva nuclear. Afinal, a Rússia possui seus interesses e aliados no Oriente Médio e não pretende deixar os norte-americanos agirem livremente na região.

Resta saber se o recado russo vai surtir efeito e inibir as ações norte-americanas. Teremos que aguardar os próximos acontecimentos.

De todo modo, a retórica dos chefes de Estado e a demonstração de força e poder militar fazem parte da estratégia geopolítica no jogo de poder. Entretanto, basta um erro de cálculo para que as palavras se desdobrem num conflito de grandes proporções.

Putin na China

Nesta semana o presidente russo Vladimir Putin fez uma viagem internacional para visitar a China, com a qual firmou em fevereiro de 2022 uma "parceria sem limites" estabelecendo cooperação estratégica e comercial entre os dois estados.


A chegada de Putin ao país visa reforçar a parceria e a amizade com os chineses e mostrar ao Ocidente que a política de isolamento não afetou a Rússia, ao mesmo tempo, há interesses pragmáticos que podem ser discutidos, como acordos comerciais sobre fornecimento de gás russo, bem como o fornecimento de armas e munições chineses aos russos.


O pai da Geopolítica

Um dos criadores da geopolítica foi o militar alemão, Karl Haushofer (1869-1946).

A geopolítica, desde Haushofer, tornou-se um instrumento, uma ciência aplicada para dirigir e justificar ações políticas e militares dos governos, especialmente das grandes potências na busca de ampliação do poderio político, expansão e domínio territorial.

Irã responde ameaças dos EUA

Mês passado o presidente dos EUA, Joe Biden, enviou para o Mar Mediterrâneo um segundo porta-aviões com a finalidade de dissuadir o Irã a nã...